Da Redação


O melão-de-são-caetano, também conhecido como melão amargo, erva-de-são-caetano, é uma planta medicinal com ação cicatrizante e antimicrobiana, sendo muito usada para ajudar no tratamento de alguns problemas de pele, como picada de inseto, feridas ou eczema, que é uma inflamação na pele causada por alergia a algum medicamento, tecidos ou cremes, por exemplo.

Além disso, essa planta medicinal, cujo nome científico é Momordica charantia, também possui ação hipoglicemiante, podendo ser indicado na forma de chás para complementar o tratamento da diabetes. Veja outros chás para complementar o tratamento da diabetes.

O melão-de-são-caetano é geralmente encontrado em feiras locais e mercados municipais, tem um sabor amargo e pode ser usado em receitas, como suco, refogados e saladas. Além disso, as folhas dessa planta também podem ser usadas para preparar chás e compressas, por exemplo, ou ainda encontrada na forma de cápsulas.

Para que serve o melão-de-são-caetano

Entre as propriedades do melão-de-são-caetano estão a ação cicatrizante, anti-reumática, hipoglicemiante, antibiótica, antiviral, antidiabética e adstringente. Assim, essa planta pode ser usada para:

  • Regular os níveis de açúcar no sangue, ajudando, por isso, no tratamento da diabetes;
  • Ajudar no tratamento de problemas de pele, como feridas, lesões e eczemas;
  • Aliviar as picadas de insetos;
  • Ajudar no tratamento da prisão de ventre.

O melão-de-são-caetano também é eficaz no processo de desintoxicação, ajudando a eliminar toxinas do organismo pela urina, fezes ou suor, após o uso prolongado de medicamentos ou excessos na alimentação, por exemplo.

Insulina Vegetal

O Melão de São Caetano, recebeu apelido de insulina vegetal por sua capacidade muito forte de baixar açúcar no sangue, ou seja, o controle da glicemia, portanto é um fitoterápico consagrado no Japão desde os anos 1970 no combate à diabetes. Na última década, no Brasil, os casos de diabetes subiram 60%, resultado de uma má alimentação rica em açúcares e industrializados.

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Ele atua diretamente nos receptores das células às insulinas; impede que o fígado despeje o açúcar armazenado no sangue; aumenta o número de células que produzem insulina no pâncreas e o estimulam produzir mais insulina; diminui a absorção dos açúcares no intestino.

Os tratamentos fitoterápicos podem variar entre preparo de chás, sucos, refeições e a quantidade e frequência também variam de pessoa para pessoa. Atualmente é possível encontrar extrato seco em cápsulas. 

Vale ressaltar o seu poder de ação ser muito forte, portanto mesmo em pequena quantidade não é recomendado para pessoas que apresentam hipoglicemia ou que já estão em tratamento para diabetes com outros medicamentos.

Alguns usos e contraindicações:

– Vermífugo: popularmente as sementes são trituradas e misturadas com outras frutas, para crianças por exemplo;
pesquisas científicas com suas folhas comprovaram eficácia contra um tipo de verme colonizador do fígado.

– Fungicida: via oral ou uso tópico através de emplastros para dermatite atópica, frieira, diminuição do ácido úrico.

– Gastrite e úlcera: o fruto pode reverter inflamação e irritação da parede do estômago, acelerando cicatrização.

– Antibiótico: folhas agem contra várias bactérias do grupo estafilococos, bactérias oportunistas que vivem sob a pele e atacam quando há baixa no sistema imunológico.

– Infarto: por possuir polissacarídeos auxilia na recuperação de infartos por reduzir inchaço, inflamação e necrose do tecido do coração.

– HIV: recente pesquisa indica controlar carga viral através da substância map-30, não permitindo que o vírus se acople nas células.

– Câncer: estudos indicam um potencial uso farmacológico a partir do extrato seco concentrado. Em tratamento à vários tipos de tumores, pesquisas demonstraram excelente ação de melhora na absorção dos medicamentos que combatem as células cancerosas, potencializando resultados da quimioterapia, além de efeito analgésico ao incômodo que algumas dessas medicações podem trazer ao paciente. A proteína D30, presente no fruto possui, reconhecidamente, capacidade de controle da reprodução de células tumorais e inibição do seu desenvolvimento.

Como usar

O melão-de-são-caetano pode ser consumido em preparações como sucos, picles, saladas ou refogados. Além disso, as folhas dessa planta também são usadas para o preparo de chás e compressas, para serem aplicadas na pele.

1. Chá de melão-de-são-caetano

O chá de melão-de-são-caetano pode ser indicado para complementar o tratamento de diabetes e para ajudar no combate à verminose, por exemplo.

Ingredientes

  • 1 colher de sopa de folhas de melão-de-são-caetano;
  • 1 xícara de água fervente.

Modo de preparo

Colocar as folhas do melão-de-são-caetano em uma xícara com a água fervente. Tampar e deixar repousar por 10 minutos. Coar e beber de 2 a 3 xícaras por dia, por no máximo 8 semanas, conforme orientação do médico ou do fitoterapeuta.

O chá de melão-de-são-caetano também pode ser usado em compressas para aplicar sobre a pele com lesões, feridas, sarna ou eczemas.

2. Cápsulas de melão-de-são-caetano

O melão-de-são-caetano pode ser também encontrado na forma de cápsulas, em farmácias de manipulação ou lojas de produtos naturais, preparados com o extrato seco dessa planta medicinal.

As doses podem variar de acordo com a quantidade de melão-de-são-caetano na composição das cápsulas, e por isso seu uso deve ser feito apenas com orientação do médico ou de um profissional com experiência em plantas medicinais, com doses individualizadas.

Possíveis efeitos colaterais

O melão-de-são-caetano pode causar efeitos colaterais como dor abdominal, desconforto no estômago, úlcera gástrica, dor abdominal, dor de cabeça, vômitos, diarreia, palpitação, nefrite ou sangramento vaginal.

Além disso, quando consumido na forma de chá ou cápsulas, o melão-de-são-caetano pode reduzir muito a quantidade de açúcar no sangue e causar hipoglicemia que pode ser percebida através dos sintomas como tremor, fraqueza, suor frio, pele pálida, visão embaçada, palpitação cardíaca, dor no peito, ansiedade, confusão mental, dificuldade para falar, sonolência.

A hipoglicemia quase sempre pode ser controlada com a ingestão imediata de açúcar ou glicose. No entanto, quando ocorre hipoglicemia severa, que pode levar a sintomas como  convulsões, desmaio ou até coma, deve-se procurar ajuda médica imediatamente ou o pronto socorro mais próximo caso a pessoa apresente esses sintomas.

Quem não deve usar

O melão-de-são-caetano não deve ser usado por mulheres grávidas, pois pode causar contrações uterinas e aborto espontâneo. Essa planta medicinal também não deve ser usada por crianças, mulheres em período de amamentação, pessoas com diarreia crônica, hipoglicemia, problemas no fígado ou que tenham deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase.

Além disso, pessoas que usam insulina ou medicamentos para o controle da diabetes,  como metformina ou glibenclamida, por exemplo, devem consultar um médico antes de usar o melão-de-são-caetano, porque essa planta pode interagir com esses medicamentos, causando hipoglicemia.

Por isso, é aconselhado consumir o melão-de-são-caetano somente sob a recomendação de um médico, ou um especialista no uso de plantas medicinais.

 

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